Polícia prende duas estelionatárias no município de Pentecoste
Uma ação conjunta do Ministério Público do Estado do Ceará com a Polícia Civil resultou na prisão de duas mulheres especializadas em crimes de estelionato, que atuavam no município de Pentecoste e podem ter aplicado golpes em outras cidades da região do Vale do Curu. Pelo menos dez pessoas já compareceram à Delegacia de Pentecoste e registraram boletins de ocorrência.
Francisca Damillyes Galvão de Sousa e Ana Délia Guimarães Marinho relatavam para as vítimas que o pai de Ana Délia, aposentado do DNOCS, receberia uma vultosa quantia em dinheiro após um suposto processo dele ser julgado. A dupla conquistava a confiança das vítimas utilizando nomes de autoridades do Poder Judiciário e do Ministério Público, afirmando que estes estavam acompanhando a suposta ação judicial. Elas pediam dinheiro emprestado prometendo um retorno muito maior e imediato, explicando que os valores seriam utilizados no pagamento de honorários de advogados e taxas bancárias.
As ordens de prisões preventivas foram expedidas pelo juiz de Direito da Comarca de Pentecoste, Dr. Wallton Paiva, sendo cumpridas no final da manhã desta quinta-feira (21/01).
O promotor de Justiça Jairo Pequeno Neto, que conduziu o trabalho de investigação juntamente com a Polícia Civil, contra Francisca Damillyes Galvão de Sousa e Ana Délia Guimarães Marinho, acredita que o número de vítimas é maior e que as golpistas também agiram em outras cidades.
Conforme o titular da Promotoria de Pentecoste, “o caso ainda está sendo investigado e as pessoas que ainda não registraram boletins de ocorrência devem procurar a delegacia mais próxima e denunciar as golpistas, para que os casos sejam inclusos no inquérito policial.”.
De acordo com um servidor público que tinha um caso amoroso com Ana Délia e também foi enganado, ele vendeu um carro, uma moto e contraiu três empréstimos bancários a pedido da golpista, acreditando que ganharia uma casa em troca de sua ajuda. O prejuízo dele é estimado em mais de R$ 25.000 (vinte e cinco mil reais).
Uma amiga de Ana Délia também acreditou na história e fez empréstimos bancários para ajudar a estelionatária. O valor concedido à golpista, após um levantamento feito pela vítima, também gira em torno de R$ 25.000 (vinte e cinco mil reais).
Uma outra vítima emprestou quase todas as parcelas de seu auxílio emergencial.
O golpe se entendeu ao longo do ano de 2020. Os valores eram entregues em mãos ou depositados em nome do pai de Damillyes.
Damillyes já responde a um processo na
Justiça por ter aplicado vários golpes nos anos de 2018 e 2019 na cidade de
Pentecoste, agindo no mesmo modus operandi das denúncias recentes. Na época, a
investigada falsificou documentos do Poder Judiciário, envolveu o nome de um
ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e de um advogado de um
escritório famoso no Ceará, bem como fraudou conversas no mensageiro WhatsApp,
fingindo ser um funcionário do Banco do Brasil. A acusada estava respondendo
aos crimes em liberdade.
Fonte: Blog Notícias de Pentecoste
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