Itapajé: Criança de cinco anos de idade é acusada de 'estupro' dentro de escola
Uma denúncia de abuso sexual supostamente cometido dentro da escola municipal João Martins Teixeira, no bairro Barateiro, chocou a comunidade escolar nesta semana. A família de um garoto de cinco anos de idade acusa um colega de classe do menino, que também tem cinco anos, de cometer um “estupro” contra a criança. O ato, de acordo com a família do estudante, teria acontecido dentro da sala de aula, debaixo do birô e na presença da professora e de outras crianças.
A diretora da escola, Adriana Albuquerque negou veementemente que o abuso sexual tenha acontecido. Ela ainda lamentou que o caso tenha sido publicado no Facebook expondo as duas crianças.
A professora da turma onde estudam os dois meninos, Ana Kelly, se mostrou indignada com a denúncia e disse que isso jamais aconteceu. Segundo ela, as crianças não ficam sozinhas na sala e durante o horário de recreio os meninos são acompanhados por um adulto. Ela afirmou que o menino supostamente abusado teria sofrido uma queda, o que teria provocando um sangramento na sua região genital. Ainda de acordo com a professora, não há provas da denúncia.
A mãe da suposta vítima procurou a delegacia de polícia civil de Itapajé, mas o delegado, Dr. Raul Tessius remeteu o caso ao Conselho Tutelar, uma vez que crianças abaixo de 12 anos, de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente, não comete ato infracional.
O Conselho Tutelar, por meio da conselheira Nalígia Bastos, disse que só vai se pronunciar depois que for expedido um laudo sobre a suposta agressão. O menino foi levado pela família para o Instituto Médico Legal de Sobra para ser submetido a um exame de corpo de delito.
Enquanto a família da suposta vítima diz que processará a escola por negligência, o núcleo gestor da unidade escolar diz que aguardará apenas o resultado do laudo para também processar os familiares pelo crime de calúnia contra as profissionais de educação.
Recentemente o núcleo gestor da escola João Martins Teixeira foi mudado pela gestão do prefeito interino Kelsey Forte. A substituição de diretoria e coordenação causou a insatisfação de alguns. A denúncia de um suposto “estupro” tem sido utilizada por um grupo de pessoas para atacar a nova direção.
Com informações de Mardem Lopes
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