MPCE emite recomendação sobre animais soltos em rodovias
O Ministério Público do Estado do Ceará MPCE, por
intermédio das Promotorias de Justiça das Comarcas de Iracema, Cruz, Ararendá,
Novo Oriente, Morrinhos, Assaré, Tarrafas, Porteiras, e Varjota, emitiu nesta quinta-feira
(3) recomendações no intuito de evitar acidentes provocados pela circulação de
animais nas rodovias cearenses.
O documento orienta que os delegados de polícia, os
comandantes dos destacamentos de polícia e o comandante do Batalhão de
Policiamento Rodoviário Estadual identifiquem os proprietários ou os
possuidores dos animais que circulam soltos às margens das rodovias e das ruas
dos municípios para que, caso reincidentes, sejam presos em flagrante delito e
só sejam liberados quando comprovarem que os animais encontrados foram
retirados das margens das rodovias e das ruas. Além disso, os gestores
municipais e o Departamento Estadual de Rodovias (DER) devem realizar campanhas
educativas para conscientizar a população sobre os riscos da criação e da
circulação de animais soltos às margens de rodovias e nas ruas das cidades.
Os promotores de Justiça alertam que o Código Penal
pune com pena de três meses a um ano de detenção aquele que expõe a vida ou a
saúde de outrem a perigo direto e iminente, caso em que se enquadram os
proprietários dos animais. Já a lei estadual 13.045/00, proíbe a permanência de
animais soltos, amarrados ou abandonados nas estradas de rodagem e em toda a
largura da respectiva faixa de domínio situada entre as cercas marginais dos
imóveis lindeiros sob a jurisdição do DER, e determina a apreensão dos animais
que estiverem nessa situação, bem como a aplicação de multas em seus
proprietários.
Os promotores acrescentam que os órgãos e as
entidades componentes do Sistema Nacional de Trânsito respondem objetivamente,
no âmbito das respectivas competências, por danos causados aos cidadãos em
virtude de ação, omissão ou erro na execução e na manutenção de programas,
projetos e serviços que garantam o exercício do direito do trânsito seguro.
Caso seja necessário, o MPCE adotará as medidas
judiciais cabíveis para assegurar o fiel cumprimento da recomendação sem
prejuízo da apuração de eventual responsabilidade daqueles cuja ação ou omissão
resultem na violação dos direitos à vida, à defesa da saúde e a proteção do
meio ambiente urbano e rural.
MPCE
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