USO DE MÁQUINAS DO PAC: PREFEITA DE PENTECOSTE PRESSIONA BASE ALIADA PARA DESAPROVAR EMENDAS DO VEREADOR VICENTE DO ZUZA
O vereador Vicente do Zuza usou sua página no
Facebook nesta segunda-feira, 07 de setembro, para esclarecer todas as dúvidas
a respeito do Projeto de Lei que objetiva regulamentar o uso de máquinas do PAC
no município de Pentecoste.
A matéria de autoria do executivo deu entrada na
casa em julho de 2014, porém, foram detectadas algumas falhas quanto ao uso e
destinação dos equipamentos, deixando nas entrelinhas brechas para o
favorecimento de pessoas ligadas diretamente a gestão.
Vicente imediatamente pediu a presidência da casa
que devolvesse o projeto para que fosse feita as correções necessárias e
formulou algumas emendas que tornaria legal e honesto o uso das máquinas, sem
favorecimento ilícito, beneficiando quem realmente precisa.
Mas, um ano já se passou o e a prefeitura ainda não encaminhou
novamente o projeto a Câmara, ou seja, não aconteceu á regulamentação e uso
ainda está sendo realizado de forma indevida, inclusive com a prefeita
guardando as máquinas no pátio da sua casa.
O vereador Vicente do Zuza também externou seu descontentamento
ao saber que a prefeita Ivoneide Moura pressionou vereadores para não aprovar as
emendas feitas por ele. Vicente repudiou a atitude da gestora e reiterou que só
quer controle e transparência no uso da coisa pública.
CONFIRA EXPLICAÇÃO DO VICENTE DO ZUZA!!!
Bom dia, cidadãos e cidadãs de Pentecoste!
Atendendo a diversos pedidos de amigos, notadamente o Acácio
Pinho, que pediu para eu postar e explicar o caso do projeto das máquinas do
PAC, levo ao conhecimento de todos a real situação do referido projeto.
1. No mês de julho do ano passado, a prefeitura encaminhou à
Câmara o Projeto de Lei nº 14/2014, que regulamenta o uso das máquinas e
equipamentos doados pelo Programa de Aceleração do Crescimento ao município de
Pentecoste. Ressalte-se que o envio do PL é uma exigência do Ministério do
Desenvolvimento Agrário, conforme Portaria M.D.A. nº 30, de 23 de abril de
2014, que segue digitalizada abaixo.
2. Conforme meu procedimento em todos os projetos de lei
enviados pelo executivo, fiz uma leitura detalhada do mesmo e dentre outras
inconsistências, identifiquei no Parágrafo Único do Artigo 6º do referido P.L.
que a prefeitura estava deixando aberta a possibilidade das máquinas e equipamentos
serem cedidas “para entidades constituídas que demonstrem capacidade
administrativa e gerencial para administrar os referidos equipamentos e
máquinas que possam ser cedidas através de Termo de Concessão de Uso ou Termo
de Cooperação”, conforme reprodução exata dos termos do projeto do executivo,
cuja cópia segue anexa.
3. Ao ver tal impropriedade, levei imediatamente essa
questão ao conhecimento de todos os colegas vereadores, que também acharam um
absurdo e resolvemos convidar o Secretário de Agricultura para uma reunião na
Comissão de Constituição e Justiça, onde o mesmo, ao tomar conhecimento do tal
artigo, também achou totalmente impróprio e se comprometeu de falar com a
prefeita para corrigirem o projeto e reenviarem à Câmara.
4. Ocorreu que passados alguns dias, ainda no ano passado,
diante da inércia da prefeitura, defendi em pronunciamento que a Presidente da
Câmara devolvesse o malfadado projeto ao executivo, aproveitando que naquela
mesma época o Presidente do Senado tinha devolvido um projeto ruim para a
Dilma, o que gerou grande repercussão.
5. Passados alguns meses, a Presidente da Câmara devolveu o
projeto para o executivo, que continuou inerte e não reencaminhou o projeto,
mesmo sendo uma exigência legal da União, que doou as máquinas e os
equipamentos, mas exigiu controle social sobre a utilização dos referidos bens.
6. Ao notar que a prefeitura não tinha nenhum interesse em
possibilitar o controle social e diante de notícias de uso particular e
eleitoral dos referidos bens, após o recesso parlamentar de julho, desde a
primeira sessão da Câmara venho cobrando e exigindo a reapresentação do
projeto, o que finalmente ocorreu na semana passada.
7. Assim, conforme quase todos os projetos do executivo,
apresentei várias emendas, todas no sentido de impedir a administração dos
referidos bens por pessoas físicas ou jurídicas estranhas à prefeitura e
possibilitar o controle social do uso dos bens, tanto pela sociedade quanto
pela Câmara, que tinha sido totalmente alijada do P.L., conforme cópias
digitalizadas abaixo.
8. Como todos podem conferir no anexo digitalizado, as
emendas apresentadas visam melhorar o projeto e objetivam impedir o uso pessoal
e eleitoral das máquinas e equipamentos e possibilitar o controle tanto pela
Câmara como pelos cidadãos, conforme resumo abaixo, que pode ser conferido nas
cópias digitalizadas anexas:
a) Emenda Aditiva e Modificativa nº 04/2015: determina que
todos os requerimentos e solicitações para utilização dos equipamentos e
máquinas sejam devidamente registrados em livro próprio e deverão ser atendidos
de acordo com a ordem cronológica de protocolo, garantindo-se ainda a todo
cidadão de Pentecoste a consulta aos livros e formulários onde foram feitos os
registros, dentre outras disposições;
b) Emenda Aditiva e Modificativa nº 02/2015: Acaba a
possibilidade de cessão da administração das máquinas e equipamentos para
entidades estranhas à prefeitura e determina que as mesmas só poderão ser
operadas por servidores municipais ou por empregados de empresa contratada pelo
Município, dentre outras disposições;
c) Emenda Aditiva e Modificativa nº 03/2015; Determina que
TRIMESTRALMENTE a Secretaria Municipal de Agricultura deverá apresentar
relatório sobre os requerimentos recebidos e as partes beneficiadas pelos
serviços das máquinas ao CMDS e à Câmara Municipal de Pentecoste;
d) Emenda Modificativa nº 01/2015: Torna OBRIGATÓRIA a
disponibilização do formulário “Diário de Operações” (formulário onde deve ser
registrado o controle diário e individual do uso das máquinas e equipamentos
que é exigido pela Portaria M.D.A. nº 30 de 2014), que deverá ser encaminhado
MENSALMENTE à Câmara Municipal de Pentecoste e disponibilizado também
mensalmente na internet, nos sítios da Câmara e da Prefeitura Municipal de
Pentecoste;
e) As demais emendas estão disponibilizadas abaixo e tentam
também evitar o uso político das associações, incluem na categoria de
atendimento prioritário os assentados da Reforma Agrária, etc;
9. Desta forma, fiquei triste e decepcionado ao saber que na
reunião que a prefeita fez com os vereadores para não assinarem a CPI, também
foi pedido aos meus colegas vereadores que não aprovassem minhas emendas, pois
elas “não eram boas para o município”.
10. Assim, pergunto: as máquinas e equipamentos serem
utilizadas sem nenhum registro ou controle é bom para o município ou para quem?
Transparência é ruim? Usar o princípio da impessoalidade para o uso das
máquinas beneficia a população ou os que as estão usando nos interesses
pessoais e políticos?
11. Finalizo dizendo que confio nos meus colegas vereadores
que as emendas apresentadas serão aprovadas, pois não restam dúvidas que
atendem ao interesse público e beneficiam a população em geral, diminuindo o
apadrinhamento político e o uso eleitoral dos referidos bens.
Atenciosamente,
Vicente do Zuza
Vereador – PSB
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