DEU NO JORNAL O POVO: Com volume abaixo de 1%, açude de Pentecoste tem água até dezembro
A cidade de Pentecoste, interior do Ceará, está sofrendo com a seca na região, que há cinco anos registra chuvas abaixo da média. O açude Pereira de Miranda, que abastece o município com população estimada em 32.600 habitantes, está com volume abaixo de 1%. De acordo com diretor de operações da Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh), Ricardo Adeodato, mesmo com nível baixo, o manancial garante o consumo humano até dezembro deste ano, caso não chova.
“Fazemos simulações, com recarga zero, e tem água para abastecimento humano até dezembro. Tem também uma parte pequena para a piscicultura, e um manejo adequado já foi feito”, garante Adeodato.
O problema é que o município tem recebido pouca água das chuvas. De janeiro até esta terça, 17, Pentecoste acumulou 173.7 mm de precipitação pluviométrica, segundo levantamento da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme). A quantidade acumulada é considerada pouca em relação à necessidade do açude. Fazendo uma comparação, enquanto em pouco mais de dois meses a cidade alcançou esse precipitação, Pacatuba choveu, somente em um dia, 146 mm.
Medidas
Com situação delicada no açude Pereira de Miranda, a Cogerh está monitorando regularmente o manancial e estudando medidas para amenizar o atual quadro. Em caso de mais um ano de chuvas abaixo da média, a Companhia possui alternativas, como poços artesanais e adutoras. "A situação, em termos de manancial, está bastante precária. São três mil metros cúbicos, e tem menos de 1% de volume. Quando trabalha com essa condição, a transposição é uma alternativa. Temos água até dezembro e precisamos verificar o inverno do ano que vem. Uma das alternativas é, a partir do estudo geofísico, realizar os poços artesianos conforme a simulação", explica Adeodato.
O quadro atual de chuvas não anima. De acordo com dados do Governo do Ceará, Pentecoste está integrado à bacia do Curu e possui um clima tropical quente semi-árido com chuvas de janeiro a abril. Apesar disso, o diretor de operações da Cogerh acredita em uma probabilidade "mínima" para o município chegar ao sexto ano abaixo da média. "Estamos há cinco anos na seca, com chuvas abaixo da média. Cidades como São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte estão com menos de um ano sofrendo com o problema (seca). A maioria das bacias do Ceará está há quatro anos abaixo da média, mas a bacia do Curu e do Sertão de Crateús estão há cinco anos nessa situação. Existe uma probabilidade mínima de chegar aos seis anos, mas se não chover ainda temos garantia de poços artesianos e, em última instância, a adutora de engate rápido", conta ele.
Secretaria de Pentecoste
O secretário de Agricultura e Desenvolvimento Sustentável, Glaysson Guimarães, também conversou com O POVO Online sobre o quadro atual de Pentecoste. Admitindo situação preocupante, ele afirma que a pasta tem trabalhado de forma preventiva para amenizar os efeitos da estiagem e realizado ações com o apoio de organizações, como a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Fundação Nacional de Saúde (Funasa) e Superintendência de Obras Hidráulicas (Sohidra).
"Tanto na sede, como nas zonas rurais, tem menos de 1% de volume. Já foi realizado uma reunião com o Comitê da Seca, com o secretário Dedé Teixeira. Vamos perfurar dez poço na zona urbana, enquanto não providencia uma adutora de engate rápido, que poderá ser do Gavião (Pacatuba) até Pentecoste ou de outro manancial que esteja melhor do que o nosso município", relata Glaysson.
Segundo dados do secretário, já foram instalados três mil cisternas e mais de 14 poços; e disponibilizados 18 dessalinizadores e 12 carros-pipas. Além disso, Glaysson ressaltou a ajuda do programa Programa Água Doce (PAD) para consumo animal e humano.
Plano de Convivência com a Seca
No último dia 25 de fevereiro, o governador Camilo Santana anunciou o Plano Estadual de Convivência com a Seca. O Estado vai gastar mais de R$ 620 milhões em ações emergenciais, de curto prazo. Entre as medidas planejadas, estão 200 carros-pipa para atender 82 municípios; 900 unidades do Sistema de Abastecimento de Água (SAA); 30 adutoras para atender pelo menos 46 municípios; e investimentos no Programa de aquisição de alimentos. Algumas medidas já começaram a ser feitas.
De acordo com o diretor de operações da Cogerh, caso seja necessário, Pentecoste receberá os recursos do Plano. "Temos uma sala para discutir a situação com o Comitê de Segurança Hídrica, onde nos reunimos toda semana. Vamos usar onde houver necessidade. Isso é identificado na simulação que a gente faz todos os dias", completa Adeodato.
O POVO
“Fazemos simulações, com recarga zero, e tem água para abastecimento humano até dezembro. Tem também uma parte pequena para a piscicultura, e um manejo adequado já foi feito”, garante Adeodato.
O problema é que o município tem recebido pouca água das chuvas. De janeiro até esta terça, 17, Pentecoste acumulou 173.7 mm de precipitação pluviométrica, segundo levantamento da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme). A quantidade acumulada é considerada pouca em relação à necessidade do açude. Fazendo uma comparação, enquanto em pouco mais de dois meses a cidade alcançou esse precipitação, Pacatuba choveu, somente em um dia, 146 mm.
Medidas
Com situação delicada no açude Pereira de Miranda, a Cogerh está monitorando regularmente o manancial e estudando medidas para amenizar o atual quadro. Em caso de mais um ano de chuvas abaixo da média, a Companhia possui alternativas, como poços artesanais e adutoras. "A situação, em termos de manancial, está bastante precária. São três mil metros cúbicos, e tem menos de 1% de volume. Quando trabalha com essa condição, a transposição é uma alternativa. Temos água até dezembro e precisamos verificar o inverno do ano que vem. Uma das alternativas é, a partir do estudo geofísico, realizar os poços artesianos conforme a simulação", explica Adeodato.
O quadro atual de chuvas não anima. De acordo com dados do Governo do Ceará, Pentecoste está integrado à bacia do Curu e possui um clima tropical quente semi-árido com chuvas de janeiro a abril. Apesar disso, o diretor de operações da Cogerh acredita em uma probabilidade "mínima" para o município chegar ao sexto ano abaixo da média. "Estamos há cinco anos na seca, com chuvas abaixo da média. Cidades como São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte estão com menos de um ano sofrendo com o problema (seca). A maioria das bacias do Ceará está há quatro anos abaixo da média, mas a bacia do Curu e do Sertão de Crateús estão há cinco anos nessa situação. Existe uma probabilidade mínima de chegar aos seis anos, mas se não chover ainda temos garantia de poços artesianos e, em última instância, a adutora de engate rápido", conta ele.
Secretaria de Pentecoste
O secretário de Agricultura e Desenvolvimento Sustentável, Glaysson Guimarães, também conversou com O POVO Online sobre o quadro atual de Pentecoste. Admitindo situação preocupante, ele afirma que a pasta tem trabalhado de forma preventiva para amenizar os efeitos da estiagem e realizado ações com o apoio de organizações, como a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Fundação Nacional de Saúde (Funasa) e Superintendência de Obras Hidráulicas (Sohidra).
"Tanto na sede, como nas zonas rurais, tem menos de 1% de volume. Já foi realizado uma reunião com o Comitê da Seca, com o secretário Dedé Teixeira. Vamos perfurar dez poço na zona urbana, enquanto não providencia uma adutora de engate rápido, que poderá ser do Gavião (Pacatuba) até Pentecoste ou de outro manancial que esteja melhor do que o nosso município", relata Glaysson.
Segundo dados do secretário, já foram instalados três mil cisternas e mais de 14 poços; e disponibilizados 18 dessalinizadores e 12 carros-pipas. Além disso, Glaysson ressaltou a ajuda do programa Programa Água Doce (PAD) para consumo animal e humano.
Plano de Convivência com a Seca
No último dia 25 de fevereiro, o governador Camilo Santana anunciou o Plano Estadual de Convivência com a Seca. O Estado vai gastar mais de R$ 620 milhões em ações emergenciais, de curto prazo. Entre as medidas planejadas, estão 200 carros-pipa para atender 82 municípios; 900 unidades do Sistema de Abastecimento de Água (SAA); 30 adutoras para atender pelo menos 46 municípios; e investimentos no Programa de aquisição de alimentos. Algumas medidas já começaram a ser feitas.
De acordo com o diretor de operações da Cogerh, caso seja necessário, Pentecoste receberá os recursos do Plano. "Temos uma sala para discutir a situação com o Comitê de Segurança Hídrica, onde nos reunimos toda semana. Vamos usar onde houver necessidade. Isso é identificado na simulação que a gente faz todos os dias", completa Adeodato.
O POVO
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