QUADRILHA GERA PREJUÍZO DE R$ 100 MIL À EMPRESA PAQUETÁ



Uma das maiores empresas calçadistas do Brasil, o Grupo Paquetá, foi alvo de uma quadrilha, que gerou um prejuízo superior a 100 mil reais nos últimos 12 meses. Três dos envolvidos eram funcionários do Grupo. Dois deles trabalhavam na expedição e usavam carros da empresa para tirar os materiais da fábrica. 

 Eles desviaram mais de 200 itens, entre calçados, cintas, carteiras, mas principalmente, bolsas de exportação. Toda a ação dos funcionários foi gravada pelo circuito de monitoramento interno da empresa. O esquema envolveu até seis pessoas (duas mulheres e quatro homens). 

Durante esta semana, os policiais cumpriram mandados de busca e apreensão, inclusive na casa de uma moradora do bairro Amaral Ribeiro, envolvida no esquema. O local era usado como depósito e uma espécie de brechó. 

A mulher de 37 anos vendia as bolsas, avaliadas entre 800 a 3000 mil reais, para pessoas próximas, por menos da metade do valor de mercado (cerca de 250 reais). “A mulher me confessou que sabia do esquema”, revelou o delegado de Sapiranga, Ernesto Clasen. A Polícia Civil ainda ouve os envolvidos e o inquérito está em andamento.

Como funcionava o esquema

Conforme o delegado, dois ex-funcionários que trabalhavam na expedição do Grupo Paquetá estão envolvidos diretamente com o desvio de produtos. Um deles, que era cargo de confiança, estava no espaço da empresa no Salão Internacional do Couro e do Calçado, no Serra Park, em Gramado, quando foi surpreendido pelos agentes da Polícia Civil de Sapiranga. 

“Temos indícios de que um vigilante de uma empresa de Campo Bom também está envolvido no desvio”, aponta o delegado. A mulher presa em flagrante por receptação pela Polícia Civil foi ouvida e liberada pela Justiça. O crime ocorreu no município gaúcho de Sapiranga, lugar onde nasceu a empresa.

* Jornal Repercussão / colaboração de Anchieta Sávio

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