ITAPAJÉ: PROMOTOR QUESTIONA GASTO COM TRANSPORTE ESCOLAR E DIZ QUE NÃO ACEITARÁ OS PAUS-DE-ARARA
Em
entrevista veiculada no Jornal integração desta terça-feira, dia 11, o titular
da 1ª Promotoria da comarca de Itapajé, Dr. Plínio Augusto de Almeida Pereira
voltou a falar sobre a decisão do Ministério público de fiscalizar os veículos
do transporte escolar e autuar os carros que não estejam de acordo com a
legislação vigente. Desde que o MP começou a fiscalizar as rotas de transporte
escolar, no mês de fevereiro deste ano, vários veículos foram apreendidos.
Muitos proprietários de carros deixaram de prestar o serviço por medo de serem
multados. Diferentemente do que declarou a secretária de educação Célia
Bernardo ao repórter Maikon Rios, de que os carros estariam deixando de
transportar as crianças para cumprir determinação do Ministério Público, Dr.
Plínio Augusto esclareceu que somente o poder judiciário poderia determinar a
paralisação do serviço de transporte escolar. O MP apenas fiscaliza o
cumprimento da lei.
Apesar
das fiscalizações e apreensão de veículos, Dr. Pereira questionou a interrupção
do transporte escolar em algumas rotas afirmando que a empresa LGRO Locações,
Obras e Serviços Públicos, contratada pela Prefeitura para prestar o serviço,
tem por obrigação contratual substituir os veículos impossibilitados de rodar
por outros que atendam a demanda dos alunos e que estejam adequados à
legislação de trânsito. Caso a empresa se recuse a fazer a substituição de
carros, a gestão municipal deve suspender o pagamento. Se a não prestação do
serviço persistir deve haver a quebra unilateral de contrato.
O
Promotor disse ainda que o MP está ingressando na Justiça com uma ação judicial
em que questiona o contrato entre a Prefeitura de Itapajé e a firma LGRO
Locações, Obras e Serviços Públicos. A empresa foi contratada por R$ 3.978.705,
60 para prestar serviço de transporte escolar por um período de um ano. Ocorre
que a referida empresa não tem um único veículo de patrimônio e subloca os
carros de terceiros. Os verdadeiros proprietários dos carros são, em sua
maioria, indicados por lideranças políticas de forma a ‘acomodar’ os
correligionários e apoiadores de campanha. O mais grave, relata Dr. Plínio, é
que os donos dos veículos ficam com menos de 50% dos valores dos alugueis
oficiais, apontados a título de prestação de contas. A maior parte do valor de
locação fica com a empresa. Ou seja, há o superfaturamento dos valores de
locação dos veículos e conseqüente desvio de recursos do erário municipal. O
baixo valor pago aos proprietários de carros é em parte a causa da má prestação
de serviço de transporte escolar, uma vez que os valores oferecidos não cobrem
os custos de aluguel de um carro adequado ao transporte de crianças. Ele
afirmou que a empresa LGRO Locações na verdade não presta qualquer serviço à
Prefeitura de Itapajé. As palavras de Dr. Augusto levam a crer que na prática a
firma simplesmente cede nota fiscal para justificar os gastos e fica com a
maior parte do dinheiro destinado ao transporte escolar, mesmo não tendo nenhum
carro alugado à Prefeitura.
Ele
voltou a afirmar que a secretária de educação, Célia Bernardo e o prefeito Ciro
Braga poderão ser responsabilizados criminalmente pelas irregularidades no
transporte escolar. Por fim o Promotor disse que não recuará em sua posição de
fazer cumprir lei. Está agendada para esta quarta-feira, dia 12, uma reunião
entre o Prefeito Ciro Braga e Dr. Plínio Augusto para discutirem o assunto.
Entenda a
notícia:
Em
entrevista veiculada no dia 1º de março, Dr. Plínio foi categórico ao afirmar
que fará de tudo para acabar com os veículos pau-de-arara no transporte
escolar. A afirmação gerou muita polêmica, pois setores da administração
municipal defendem o uso de tais veículos como único meio de transporte capaz
de chegar a regiões serranas de difícil acesso. O representante do MP rechaçou
este tipo de argumento e disse que existem ônibus escolares tracionados,
fabricados para trafegar em áreas de difícil acesso e pavimentação deficiente.
Ele ressaltou ainda que existem linhas de crédito do BNDES que podem ser
contratadas pelas prefeituras municipais para aquisição de ônibus adaptados às
necessidades de municípios como Itapajé. Destacou ainda que o custo de
aquisição de ônibus escolares seria ainda menor do que o dinheiro que é gastos
com a contratação de empresa que terceiriza o serviço de transporte escolar.
Fonte: Blog do Mardem
A merenda escolar servida às crianças é péssima e ainda tem o problema do transporte escolar que ainda não foi regularizado, ocasionando a perda de aulas por alguns alunos.Não posso esquecer do concurso público que teve ano passado e até agora não chamaram quase ninguém,mas as contratações temporárias não param.
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