TÔ COM MEDO
A
convulsão social que o Brasil inteiro vivencia, com crescimento galopante dessa
onde de violência juvenil, que aterroriza a sociedade brasileira, pode ser
atribuída a uma série de fatores, como a fragilidade do modelo educacional, má
distribuição de renda, tráfico de drogas, ausência de políticas públicas de
inclusão social, dentre tantos outros. Some-se a todos esses fatores os graves
equívocos cometidos na execução dos programas assistencialistas do populismo
governamental (governo federal). Dar (bolsas) sem critérios de retorno, apesar
de emergencialmente saciar a fome de muitos, constitui-se em grave crime contra
a sociedade quando torna-se esmola permanente. Além de corromper os supostos
“beneficiados” através da benevolência desmedida, comete o gravíssimo erro de
implantar a cultura da banalização do todo, descaracterizando as noções de
valor e o sentido ético na relação interpessoal e institucional. E, pior ainda,
abolindo do “dicionário nacional” as palavras responsabilidade, ordem e
progresso!
A
falta de critérios na distribuição das ditas bolsas (esmolas) desvirtuaram
também a aplicação desses recursos, o que seria para amenizar as absurdas
desigualdades sociais e suprir as necessidades básicas (nutricionais) das
famílias foram sendo aplicados equivocadamente na aquisição de equipamentos
sonoros (caixa de som chinesa), aparelhos celulares modernos e patrocínio de
orgias (bebedeiras), fragilizando ainda mais uma sociedade já tão sofrida.
A
convulsão social ganha proporções ainda mais alarmantes diante do oportunismo
do tráfico de drogas, que, de maneira covarde e impune, diante de uma sociedade
combalida e totalmente desinformada, encontra campo fértil para avançar, e
consigo traz a lei do olho por olho, dente por dente, culminando com essa onda
de violência incontrolável.
Curar
essa chaga que assola nosso país carece remédio de sabor amargo e em grande
dosagem. Os governos, nas três esferas de poder, devem estabelecer políticas
públicas que passem pedagogicamente alguma noção de responsabilidade, de
compromisso. A partir do governo federal, que deve corrigir as bolsas e passar
a cobrar dos “beneficiários” uma contra partida para a sociedade, seja
estudando e se capacitando para produzir ou prestando algum serviço à sua
coletividade.
Estados
e municípios precisam urgentemente adotar medidas para implantar o ensino em
tempo integral, tanto no fundamental quanto no médio e, se possível, com
formação técnica no ensino médio.
O
Parlamento, também nas três esferas, Câmaras, Assembléias e Congresso Nacional,
tem por obrigação discutir profundamente, e logo, sobre as mudanças que a
sociedade desesperadamente esta a esperar, no que se refere a legislação, como
redução da maioridade penal, penas mais rigorosas para traficantes e criação de
uma legislação especifica para uso de motocicleta nos perímetros urbanos, visto
que as motos hoje tem sido utilizadas como armas de grosso calibre,
principalmente por pessoas de menor idade.
Encerro
essa reflexão com pesar, pois, infelizmente nosso querido Itapajé está no olho
desse furacão. Que deus nos abençoe!
POR:
TABOSA FILHO
Post a Comment