ITAPAJÉ: SEDUC PROMOVERÁ “COLÔNIA DE FÉRIAS” PARA REDUZIR PREJUÍZOS CAUSADOS PELO FIM PRECOCE DO ANO LETIVO
Em
audiência ocorrida no Fórum da Comarca na tarde da última quarta-feira, dia 06,
com a presença da secretária de educação Célia Bernardo, do prefeito Ciro
Braga, do promotor Dr. Plínio Augusto de Almeida Pereira e presidida pelo juiz
Dr. Carlos Eduardo de Holanda Júnior, ficou acordado entre as partes que a
Prefeitura de Itapajé promoverá uma “colônia de férias” para as crianças da
educação infantil no período de 18 de novembro a 06 de dezembro. As atividades
se concentrarão na AABB, no ginásio Saraivão e na quadra da escola Capitão
Manoel Pinto de Mesquita apenas no período matinal, de 07:00 às 10:30 horas. A
medida seria uma forma de compensar o prejuízo gerado pelo encerramento precoce
do ano letivo da educação infantil. As aulas foram encerradas no dia 31 de outubro,
mas estavam programadas para ter fim em concomitância com as aulas da educação
básica, que se estenderão até o dia 20 de dezembro.
A
audiência foi gerada pela decisão do promotor Dr. Plínio Augusto, de ingressar
na Justiça com uma Ação Civil Pública contra a medida anunciada pela Prefeitura
de Itapajé em antecipar o fim do ano letivo sob pretexto de reduzir despesas.
No entendimento do representante do Ministério Público, a Lei de Diretrizes e
Bases da Educação não exime o Poder Público (Prefeitura) de responsabilidade
para com o cumprimento de pelo menos duzentos dias letivos a serem oferecidos
para as crianças da educação infantil. O entendimento é oposto ao da secretária
de educação, Célia Bernardo, que sustenta o argumento de que o município não
tem a obrigação de cumprir a carga horária mencionada nessa modalidade de
ensino. O juiz, Dr. Carlos Eduardo de Holanda Júnior reconheceu que a medida é
legal.
Em
entrevista ao departamento de jornalismo da rádio Atitude FM, Célia Bernardo
afirmou que um dos fatores que inviabilizou a continuidade das aulas foi a
celebração de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), entre o Ministério
Público e a gestão municipal em que ficou determinado que o município demitiria
os servidores contratados temporariamente e realizaria concurso público.
Bernardo argumentou que muitos professores e funcionários dos centros de
educação infantil estavam nessa condição e precisavam ser demitidos. Outro
motivo alegado em entrevistas anteriores foi a necessidade de redução de
gastos.
Fonte:
Blog do Mardem
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