AÇÚDE DE ITAPAJÉ COM 27% DE SUA CAPACIDADE
Mais da
metade (51,3%) dos açudes públicos do Ceará está com volume de água inferior a
30%. O cálculo leva em conta os 144 açudes construídos pelos governos Estadual
e Federal e monitorados diariamente pela Companhia de Gestão dos Recursos
Hídricos (Cogerh) e pelo Departamento Nacional de Obras contra as Secas
(Dnocs). As bacias hidrográficas do Banabuiú e do Alto Jaguaribe são as mais
afetadas, cada uma com 12 açudes na estatística.
Apenas
três reservatórios estão com mais e 90% da capacidade. Em Baturité, o
Tijuquinha está sangrando. O Gavião, em Pacatuba, e o Curral Velho, em Morada
Nova, têm 92% e 93%, respectivamente. Cidades como Canindé, Antonina do Norte e
Crateús possuem reservatórios com nível abaixo de 2%. O caso mais grave é no
açude Carnaubal (0,1%), em Crateús, a 354 quilômetros de Fortaleza.
A
situação se agravou com as poucas precipitações nos primeiros meses deste ano.
O volume de chuvas entre janeiro e março de 2013 em relação ao mesmo período de
2012 teve queda de 36%. A esperança para algumas comunidades são obras
emergenciais e a distribuição de água pelos carros-pipa, já que o segundo
semestre costuma ser de poucas chuvas no Estado.
Atualmente,
os reservatórios contêm 41,3% da capacidade total, tendo apenas 7,7 bilhões de
metros cúbicos dos 18,3 bilhões que podem armazenar. O volume das águas atingia
69,8% da capacidade em março de 2012, ano também de seca. Já em março de 2013,
o volume armazenado havia caído para 44%.
Até o fim
de 2014, 18 municípios podem ter o abastecimento de água comprometido. Segundo
Yuri Castro, assessor da presidência da Cogerh, Fortaleza não corre risco,
mesmo que o ano seguinte continue com poucas chuvas. A Capital é abastecida
pelo Castanhão (no município de Alto Santo), que pode armazenar mais de três
bilhões de metros cúbicos. Hoje, está com 50,2% da capacidade.
Servem
também a Capital os açudes Acarape do Meio (Redenção), Gavião (Pacatuba),
Pacajus (Pacajus), Pacoti (Horizonte), Aracoiaba (Aracoiaba) e Riachão
(Itaitinga). Conforme Castro, o sistema integrado das Bacias Metropolitana e do
Médio Jaguaribe garante que não há riscos de falta de água em Fortaleza.
O Povo
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