MARKETING DA FÉ: IGREJAS SE MODERNIZAM E ADOTAM MODELO EMPRESARIAL



A atração de fiéis é uma consequência e não o objetivo da ação missionária na opinião de Francisco Borba Ribeiro Neto, coordenador do Núcleo Fé e Cultura da Pontifícia Universidade Católica (PUC). Mesmo que considerado efeito e não causa, o crescimento do número de fiéis é resultado do trabalho de comunicação das igrejas, congregações, doutrinas e comunidades religiosas.
O marketing desenvolvido em cada uma dessas instituições pode ser considerado o que o - ainda - papa Bento XVI apontou como demandas da sociedade. Em resposta a elas, a orientação do pontífice foi que a Igreja se mantivesse fiel à sua natureza, ou seja, na contramão do desejo social. “O que pode não significar, num primeiro momento, aquilo que mais agrada as pessoas, o que mais elas querem ouvir”, reforça Borba.
Ainda que a posição oficial da Igreja não ofereça aos fieis aquilo que, ao menos num primeiro momento, eles querem a atração se dá por identificação. Segundo Borba, quando o líder relata suas experiências religiosas, estabelece conexão com o ouvinte. “Isso é uma estratégia de mercado? Você pode até dizer que sim, que se encaixa nas características, mas não é pensado assim”, declara.

Marketing
Mas Danilo Amaral, consultor de Marketing, diz que o marketing está posicionado em todos os setores da sociedade e a Igreja não é diferente. 
“Podemos identificar várias características do marketing nas igrejas“, afirma.
Amaral explica usando metáforas do cenário musical: “os jovens de hoje querem música popular, então você não vai ter muitos discos de música gregoriana”. A adequação da oferta à demanda é fundamento do marketing encontrado nas religiões segundo o consultor.
Os meios de comunicação também são ferramentas de marketing para as igrejas segundo o consultor, que destaca a necessidade de conhecer o público-alvo para a adequação do discurso. “Desde os anos 1960 que programas de TV e, hoje, as mídias sócias, são utilizadas para pregações”.
Amaral destaca o papel do papa João Paulo II para a chegada das missas católicas aos meios de comunicação. “O papa João Paulo II foi quem impulsionou, já tardiamente, a transmissão de missas. Hoje existem vários canais católicos que se utilizam de toda essa linguagem”.

Frases
Isso é uma estratégia de mercado?
Você pode até dizer que sim, que se encaixa nas características, mas não é pensado assim” 

Francisco Borba Ribeiro Neto, Coordenador do núcleo Cultura e Fé da PUC
Podemos identificar várias características do marketing nas igrejas”
“Desde os anos 1960 que programas de TV e, hoje, as mídias sociais, são utilizadas para pregações”
Danilo Amaral, consultor de marketing

O Povo Online

Nenhum comentário