VIOLÊNCIA NAS ESCOLAS


Por José Marcelino (Conselheiro Tutelar de Itapajé)
A violência escolar alcança índices alarmantes na nossa sociedade, ganha contornos epidêmicos e faz alunos, professores, gestores e a comunidade reféns. A violência contra professores, gestores e funcionários da escola, tem preocupado sobremaneira especialista em segurança pública e autoridades responsáveis; variados foram os diagnósticos, inúmeros são as propostas que apontam no sentido de equacionar tal fenômeno, mas, definitivamente nenhuma medida conseguiu debelar, controlar a crescente violência na escola.
Na sexta-feira 04 de Março, a diretora de uma escolar em Itapajé teve que desarmar um de seus alunos, que tinha ido armado para a sala de aula. Fato este registrado no Boletim de Ocorrência (BO) na Delegacia de policia civil. E ainda mais o adolescente ameaçou danificar o patrimônio escolar, tentou agredir ao vigia e em seguida ameaçou em voltar com seus companheiros, fato que aconteceu após alguns minutos, quando o mesmo juntamente com seus três companheiros, invadiram a escola por cima do muro, mas os mesmos não conseguindo de volta a citada faca, ameaçaram em voltar com um papoco (arma de fogo).
Inadmissível é adiar providências enquanto se buscam as causas da violência escolar e nos perdemos em um labirinto de "achismos". De um lado, muitos crêem que as escolas são autoritárias, sufocam os alunos e favorecem sua agressividade. Outros acham que falta mais disciplina. De que lado nós estamos?
O melhor a fazer contra a violência é criar projetos de médio e longo prazo que levem a compreender e solucionar o problema. Mas há episódios que pedem atitudes imediatas. Veja como agir nas seguintes situações:

Aluno armado na escola: Só converse se sentir que há condições. Comunique a direção, que deve informar a polícia. Esta precisa abrir processo no Juizado da Infância e da Juventude.

Ameaça ao professor: Faça um boletim de ocorrência (BO), peça intervenção do Conselho Tutelar, converse com os pais e a comunidade. Em último caso, é possível pedir a transferência do aluno.

Agressão: Informe a direção e a diretoria de ensino e faça um BO, de preferência com a presença de seu superior. Se o agressor tiver menos de 12 anos, é obrigatória a convocação de um representante do Conselho Tutelar.

Arrombamentos e furtos: O BO é obrigatório, pois a escola é patrimônio do Estado (ou uma propriedade privada).

Suspeita de abuso em casa: É obrigação da escola comunicar o Conselho Tutelar. O mesmo vale para casos de ausência prolongada do estudante.

Fonte: Rádio Guanacés

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